sábado, 12 de março de 2011

Galp pode colocar à venda parte de ativos no pré-sal da Bacia de Santos


A petrolífera portuguesa Galp Energia pode vender até um terço de seus ativos no Brasil, avaliados em 3 bilhões de euros (US$ 4,2 bilhões) para se capitalizar, informou o Jornal de Negocios nesta quinta-feira. Segundo o jornal, o presidente-executivo da companhia, Manuel Ferreira de Oliveira, teria divulgado a ideia durante reunião do conselho de administração na semana passada.

A Galp possui participação minoritária em diversa reservas de petróleo e perfurações de grande porte no Brasil, incluindo fatia de 10 por cento no poço Tupi , no pré-sal na parte fluminense da Bacia de Santos. Em dezembro passado, a Petrobras encaminhou proposta à ANP para que a área de Tupi passasse a se chamar Campo de Lula. A área possui volume recuperável de 6,5 bilhões de boe, com densidade de 28º API.

No início de fevereiro de 2011, a Petrobras chegou a avaliar a compra de uma fatia da Galp pertencente à italiana ENI, mas desistiu - segundo o mercado - devido ao alto valor exigido na negociação. Segundo as fontes, enquanto a Eni pediu 4,7 bilhões de euros na sua fatia de 33,3% da Galp a Petrobras ofereceu 3,5 bilhões de euros pelo ativo que, entre outros, dá direito a participação em outros poços no cobiçado pré-sal da bacia de Santos. (Leia mais matérias sobre a Galp)

A Galp é parceira da Petrobras nos bloco BM-S-11 (Lula e Cernambi), além do BM-S-8, BM-S-21 e BM-S-24. A Petrobras também vê outras sinergias com a Galp, que poderia ser a porta de entrada da estatal brasileira para a distribuição de derivados na Europa.

Há tempos analistas questionavam se a Galp, predominantemente uma refinaria e uma novata no segmento de descoberta de petróleo, seria capaz de financiar sua participação nos custosos projetos brasileiros, e afirmavam que a empresa poderia vender partes ou a totalidade de suas fatias em alguns campos.

A Galp realizará um encontro com investidores e analistas na segunda-feira no Rio de Janeiro, onde deve apresentar um plano de investimento atualizado para o período de 2011 a 2015, quando precisará de cerca de 5 bilhões de euros.

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