Bolívia exportou cerca de 31,15 milhões de metros cúbicos (MMmcd) de gás natural para o Brasil. No Peru, insumo ganha lugar na matriz energética. O setor de hidrocarbonetos da Bolívia, além de ser um dos mais dinâmicos da América Latina, tanto por sua contribuição para o PIB, quanto para o volume de exportações, também representa um recurso natural de gestão estratégica para o país. E não é somente na Bolívia que a utilização do gás natural no setor energético tem atraído investimentos e olhares de governos e da indústria. No Peru, por exemplo, a demanda pelo insumo quintuplicou em dez anos.
A Bolívia faturou US$ 6,059 bilhões pela venda de gás natural em 2013 para a Argentina e o Brasil, seus dois principais mercados, segundo dados da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). O resultado superou em 11,9% o de 2012, e mostra porque a renda proveniente da exportação do gás natural é o pilar da economia boliviana.
Enquanto o óleo produzido na Bolívia é destinado ao consumo do mercado interno, o Gasoduto Bolívia Brasil, em operação desde 1999, viabiliza a exportação de volumes significativos de gás através do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural (GSA, na sigla em inglês). "Este gasoduto representa o elo de integração econômica mais importante para os dois países e constitui um fator de complemento energético, representando mais de 50% do volume produzido pela Bolívia e cerca de 65% do gás natural importado pelo Brasil", explica o diretor de Regulação Econômica da Agência Nacional de Hidrocarburos da Bolívia, Edwin Merida Calvimontes.
O Peru também tem se destacado no setor energético. Combustíveis mais caros e mais poluidores como a gasolina e o diesel têm sido substituídos pelo gás natural, que ganha cada vez mais espaço na matriz energética do país. Desde o início do projeto Camisea, em 2003, cujo objetivo é extrair gás natural de diversas fontes da zona central do país, a participação do insumo na demanda de hidrocarbonetos passou de 7% para 35%, em 2013.
Para o diretor geral de Hidrocarbonetos do Ministério de Minas e Energia do Peru, Juan Israel Ortiz Guevara, Brasil e Peru poderiam contrastar suas experiências e unir esforços em questões pertinentes como a regulação tarifária, gestão do setor de gás natural, tecnologia de GNL (gás natural liquefeito) e programas de massificação do uso do insumo. "A indústria brasileira de gás natural tem conseguido avançar bastante, tanto no sentido de aumentar suas reservas, como em sua produção, considerando o abastecimento por fontes internas e externas", afirma.
Visões políticas, econômicas e relativas ao desenvolvimento do setor gás natural na Bolívia, no Peru e na América Latina integram a pauta de discussões da 11ª edição do Gas Summit Latin America, que acontece entre os dias 13 e 15 de maio, no Hotel Windsor, no Rio de Janeiro. Guevara e Calvimontes concordam que o evento permite o compartilhamento de experiências de diferentes políticas energéticas adotadas nos países da América Latina. "Com base nas conclusões do evento, poderemos avaliar nossas políticas atuais e identificar estratégias para nos ajudar a gerir o mercado atual, além de prever suas consequências futuras", finaliza Calvimontes.
A Bolívia faturou US$ 6,059 bilhões pela venda de gás natural em 2013 para a Argentina e o Brasil, seus dois principais mercados, segundo dados da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). O resultado superou em 11,9% o de 2012, e mostra porque a renda proveniente da exportação do gás natural é o pilar da economia boliviana.
Enquanto o óleo produzido na Bolívia é destinado ao consumo do mercado interno, o Gasoduto Bolívia Brasil, em operação desde 1999, viabiliza a exportação de volumes significativos de gás através do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural (GSA, na sigla em inglês). "Este gasoduto representa o elo de integração econômica mais importante para os dois países e constitui um fator de complemento energético, representando mais de 50% do volume produzido pela Bolívia e cerca de 65% do gás natural importado pelo Brasil", explica o diretor de Regulação Econômica da Agência Nacional de Hidrocarburos da Bolívia, Edwin Merida Calvimontes.
O Peru também tem se destacado no setor energético. Combustíveis mais caros e mais poluidores como a gasolina e o diesel têm sido substituídos pelo gás natural, que ganha cada vez mais espaço na matriz energética do país. Desde o início do projeto Camisea, em 2003, cujo objetivo é extrair gás natural de diversas fontes da zona central do país, a participação do insumo na demanda de hidrocarbonetos passou de 7% para 35%, em 2013.
Para o diretor geral de Hidrocarbonetos do Ministério de Minas e Energia do Peru, Juan Israel Ortiz Guevara, Brasil e Peru poderiam contrastar suas experiências e unir esforços em questões pertinentes como a regulação tarifária, gestão do setor de gás natural, tecnologia de GNL (gás natural liquefeito) e programas de massificação do uso do insumo. "A indústria brasileira de gás natural tem conseguido avançar bastante, tanto no sentido de aumentar suas reservas, como em sua produção, considerando o abastecimento por fontes internas e externas", afirma.
Visões políticas, econômicas e relativas ao desenvolvimento do setor gás natural na Bolívia, no Peru e na América Latina integram a pauta de discussões da 11ª edição do Gas Summit Latin America, que acontece entre os dias 13 e 15 de maio, no Hotel Windsor, no Rio de Janeiro. Guevara e Calvimontes concordam que o evento permite o compartilhamento de experiências de diferentes políticas energéticas adotadas nos países da América Latina. "Com base nas conclusões do evento, poderemos avaliar nossas políticas atuais e identificar estratégias para nos ajudar a gerir o mercado atual, além de prever suas consequências futuras", finaliza Calvimontes.