domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cobre pode chegar a US$ 11 mil por tonelada neste ano


Segundo Sérgio Aredes, do Sindicel, preço do metal deve continuar subindo até maio e depois entrar em um ritmo de desaceleração.

Com o mercado de commodities agitado, o preço do cobre também atravessa um período de fortes altas desde o final do ano passado.

Na expectativa do presidente do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel), Sérgio Aredes, a tendência é que esses preços continuem subindo até o mês de maio.

"Eu vejo um teto de US$ 11 mil por tonelada para o produto até maio. A partir desse mês o cobre deve começar a cair de preço", avalia Aredes. Atualmente, na Bolsa de Londres, o produto encontra-se próximo ao patamar dos US$ 10 mil a tonelada.

Essa forte alta no preço do metal já vem prejudicando fortemente o setor que tem encontrado dificuldade de repassar a valorização da matéria-prima sobre o preço do produto final.

Aredes reclama de um descompasso "muito forte" entre os custos de produção e o resultado que vai para as prateleiras. "Somente um aumento de produtividade não consegue compensar essa alta nos preços".

Câmbio

A questão cambial também tem tirado o sono dos empresários do setor. A valorização do real já reduziu em cerca de 30% o faturamento do setor entre 2009 e 2010. "Nós já estamos somando perdas de US$ 250 milhões", aponta o presidente da associação que reúne 90% dos produtores do setor.

Segundo Aredes, as exportações acabam sendo as maiores prejudicadas, ainda que os produtores nacionais tenham participação muito tímida no cenário internacional.

"Nós temos uma grande capacidade inexplorada por conta do custo de produção no Brasil e agora também pelo alto custo da moeda nacional", critica o presidente.

Expectativas

A indústria de fios e cabos elétricos cresceu 14,7% no ano passado, partindo da base baixa de 2009, prejudicada pela crise financeira internacional.

Para o ano que vem as estimativas giram entre 8% e 10% de avanço baseados, essencialmente, numa base comparativa alta de avanço neste ano

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