segunda-feira, 13 de julho de 2009


A Shell iniciou a produção nos múltiplos campos do projeto Parque das Conchas (antigo BC-10), localizado a 110 quilômetros da costa do Espírito Santo e onde se encontram reservatórios de óleo pesado a quase 2 quilômetros de profundidade na Bacia de Campos. As participações no poço são divididas da seguinte forma: Shell Brasil Ltda (operadora - 50%); Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras (35%); e ONGC Campos Ltda. (15%). "Isso representa um importante marco na extração de óleo de águas profundas no Brasil e demonstra a capacidade da Shell de desenvolver projetos dentro do cronograma previsto e do orçamento planejado em um ambiente complexo", disse o Diretor de Upstream da Shell nas Américas, Marvin Odum. "Estamos orgulhosos dos avanços que atingimos em diversas tecnologias com o projeto, dos empregos criados e dos investimentos gerados. É um testemunho do forte relacionamento e dos valores compartilhados - uma parceria verdadeira entre as pessoas, o governo do Brasil e a Shell", acrescenta.
O projeto do Parque das Conchas tem duas fases e a produção inicial é traçada a partir de três campos: Abalone, Ostra e Argonauta B-West. A primeira etapa, em operação agora, envolve nove poços produtores e um poço injetor de gás. A segunda fase terá como foco o campo Argonauta O-North. A Shell executou uma série de novas e avançadas tecnologias para fazer frente aos diversos desafios do projeto, entre eles a profundidade da água e a viscosidade do óleo.
Bombas elétricas de 1.500 cavalos de potência impulsionam o petróleo extraído, por 1.800 metros, até a superfície para o processamento na plataforma flutuante de produção, estocagem e transferência (FPSO) Espírito Santo, com mais de 330 metros de comprimento. A embarcação tem capacidade para processamento diário de 100 mil barris de petróleo e 1,42 milhão de metros cúbicos de gás natural, além de poder armazenar cerca de 1,5 milhão de barris de petróleo para carregamento até a costa por navios-petroleiros. Detalhes do projeto O Parque das Conchas tem algumas peculiaridades. Trata-se do primeiro projeto com todos os campos desenvolvidos com base no sistema de separação e bombeio submarinos de petróleo e gás. A profundidade da água exigiu diminuição do peso e o desenvolvimento de risers com flutuadores - tubos flexíveis com quilômetros de extensão que ancoram o FPSO. A geologia dos campos com formações dispersas demandou a utilização de poços horizontais a fim de otimizar a produção. Para manter o fluxo do óleo pesado (API 16° - 42°), o FPSO, com capacidade de gerar 68 megawatts de potência, é responsável pela alimentação de energia para os sistemas de separação e bombeamento de alta pressão nas águas profundas através de grandes umbilicais elétricos. E, finalmente, com o objetivo de evitar queima e reduzir emissões de CO2, o gás natural produzido com o óleo vai ser separado e bombeado de volta para o interior do campo de Ostra até que o gasoduto de exportação esteja completo.

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